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História dos Leitores: O retorno de Helena a Gramado

Leitora do blog retornou a Gramado acompanhada da filha e da mãe e relata seus deliciosos momentos de sonho vividos na cidade. Confira!

Recepcionadas pelo Kikito no pórtico da cidade, as três iniciam sua viagem de sonhos.

A leitora Helena Mansano já brindou o blog Dicas de Gramado anteriormente com um lindo relato de sua primeira viagem a Gramado (você pode conferir aqui). Nele, é possível sentir o encantamento da descoberta, da paz, do abraço que a cidade dá em seus visitantes.

Recentemente ela teve a oportunidade (e o prazer) de retornar a Gramado, desta vez acompanhada da filha e da mãe, onde as três desfrutaram de momentos inesquecíveis na bela Serra Gaúcha. Aliás, este é um sentimento que se apodera de nós quando visitamos a região: Imediatamente lembramos de parentes que gostaríamos que estivessem ali com a gente e, tão logo retornamos de viagem, já tentamos convencê-los a voltar conosco novamente.

Agora deixe-se levar pelas belas palavras da Helena e viaje junto com ela (assim como eu viajei) lendo seu relato.

E começa o encanto

 

E num passe de mágica, chega o mês de agosto e, junto com ele, logo em sua primeira semana, a viagem tão programada e esperada. Estávamos já com as malas prontas, passagens compradas e tudo já acertado para irmos novamente a Gramado.

 

Essa viagem teria uma intenção especial. Não seria apenas uma viagem de férias, como qualquer outra que eu possa um dia vir a fazer, mas um presente pela formatura em jornalismo para minha filha e, ao mesmo tempo, uma forma de agradecer a minha mãezinha que naquela época ruim de vida, quando me submeti a uma cirurgia, me acompanhou em todos os momentos, desde as consultas e exames até o pré e o pós operatório. Então pensei: “Por que não? Haveria alguma razão?” Absolutamente nenhuma.

Desfrutando do encanto e magia que o Mini Mundo oferece.

Embarcamos e durante o voo percebi nos olhos das “minhas meninas” uma incrível ansiedade. Era muito bom saber que eu estava deixando-as felizes e, também, muito curiosas, afinal eu havia lhes dito há cerca de um ano antes que, quando chegássemos à cidade, elas teriam uma pequena surpresa e que isso era um mimo que estava dando como presente.

 

Chegamos a Porto Alegre e no caminho da Serra vejo que os olhos da minha mamis começam a brilhar. Parecia que o encanto estava ali, ao ladinho dela, que respirava de forma diferente, com uma alegria estampada… Nesse momento imaginei: “Valeu à pena!

 

Minha menina já conhecia esse caminho, mas com seu jeitinho meigo, olhava tudo com atenção e de forma cuidadosa observava cada detalhe que já não lhe era estranho, mas, pelo contrário, parecia conhecido de longa data.

 

E lá vamos nós, no caminho da Serra com a expectativa de começarmos uma história de paz e alegria.

 

Logo observamos que ali estava ‘ele’ todo imponente. Sim, o Kikito, o Deus do Bom Humor, veio nos receber na entrada da cidade que esperava de braços abertos o início de mais uma edição do Festival de Cinema de Gramado. Era impressionante o que víamos por lá. Todos ali nos atendiam com esmero e cortesia, uma característica que me encanta cada vez mais nesse povo abençoado.

 

Passeio de Maria Fumaça: Viagem no tempo.

Durante os dez dias que passamos na serra, pudemos conhecer mais lugares e minha mamis ficou impressionada particularmente com dois passeios: Raízes Coloniais, onde ela pôde retornar e relembrar algumas passagens de sua infância e adolescência, de sua vida de dificuldades mas que foi vivida a cada momento com determinação e luta; e o passeio na Maria Fumaça. Foi muito bom ouvir a minha mamis comentando que quando era mais moça – sim mais moça, porque mesmo aos 72 anos ela esbanja alegria e disposição – fazia viagens como aquelas, naquele ‘trenzinho’ indo para a casa de parentes distantes. Foi realmente o retorno ao passado próximo que fez com que ela ficasse feliz e tirasse os pés do chão.

 

Os jantares dos quais participamos, todos os dias, eram de um tipo diferente: churrascaria, founde, noite italiana, noite alemã, pizzas e sem esquecer o café colonial. Foi bem divertido ver minha filha saboreando os deliciosos pães de queijo que ganhou de presente de um casal de amigos lá da Serra e o jeito da mamis ao ver tanta variedade na mesa farta típica dos pampas. Também fomos a vários parques, todos detalhadamente programados.

No teleférico do Parque do Caracol, em Canela.

 

E por falar em programação, durante aquele ano que antecedeu a nossa viagem, formulei uma planilha e nela constavam os gastos, os passeios, os jantares, enfim, tudo o que programei para o presente.

 

Um detalhe aconteceu que muito chamou a minha atenção. Minha mãe tem o hábito de nunca pedir nada. Ela dizia que tudo o que eu fizesse estaria muito bom, afinal, nunca teve uma viagem tão grande assim e, apesar de já ter estado em Gramado há aproximadamente 43 anos, pouco lembrava-se de lá. E um dia, durante a páscoa, ela me questiona da seguinte maneira: “Filha, a mãe viu na televisão, um lugar lá em Gramado, que tinha uns soldadinhos bem grandes na porta e tinha muito chocolate lá dentro. Nós vamos passar lá perto?

 

Na entrada do Reino do Chocolate.

Entendi o recado e um passeio antes não programado, foi incluído na tal planilha para atender esse pequeno desejo dela. O Reino do Chocolate Caracol era o que queria. E adivinha se ela gostou?

 

E alguém poderia imaginar que a minha filha, tão corajosa e destemida teria medo de altura? Foi uma surpresa e tanto, já que ela me ajudou a escolher o voo, a companhia aérea, enfim, total colaboração. Nesse momento pude entender melhor o que significavam aqueles apertos em minha mão durante nossa viagem. Era medo de altura que ficava lado a lado com a vontade de viajar, de participar e de curtir tudo o que tínhamos direito. A pequena conseguiu superar essa desvantagem e saltou de tirolesa, montanha russa, trenó, bondinhos aéreos, teleféricos e tudo mais o que pôde fazer. Carinha de apavorada sim, mas determinada sempre.

 

Mas você pode pensar agora: E qual a tal surpresa, um pequeno mimo para as duas “meninas” durante a viagem a Gramado?

 

Antes de contar, preciso brevemente comentar uma coisinha. Minha filha me disse que o sonho dela na cidade seria um dia ir no Natal Luz para ver aqueles shows lindos. Uma viagem para a época do Natal Luz ainda não posso fazer, mas o espetáculo KORVATUNTURI: A ORIGEM DO NATAL sim, esse eu posso oferecer. Acho que nunca elas iriam desconfiar que veriam um espetáculo natalino em pleno Festival de Cinema. Nunca mesmo! Porém, o que ficou registrado naquela noite, foi a alegria de minha menina ao comentar a respeito e terminar dizendo: “Aqui…um sonho!”

Natal em agosto. Espetáculo Korvatunturi encanta a todos.

Feito! Tiro certeiro! Ambas adoraram a surpresa. Era muito bom ver a felicidade no rostinho delas, minhas “meninas”.

 

Um ocorrido impressionante – e quem é da cidade grande, sabe bem o que eu digo: Esqueci uma blusa em um estabelecimento bem conhecido de lá, a Casa da Velha Bruxa, porém, quando dei falta da peça, não lembrava onde havia deixado. Na manhã seguinte, fomos passear pela Borges e sem muita esperança perguntei ao rapaz que limpava as mesas se por um acaso ela estava por lá. Prontamente dirigiu-se até o caixa da loja. Fique claro que nesse momento o estabelecimento estava fechado. Em seguida o mesmo retornou com a minha blusa e gentilmente devolveu. Confesso que fiquei de boca aberta.

 

Porém, o que quero deixar aqui registrado, além do passeio maravilhoso que tivemos, é que Gramado é para mim algo que não se descreve. Ali eu encontro a paz, a alegria, a calma e, por incrível que possa parecer, o frio que amo tanto. Chegamos a três graus negativos lá! Ali existe qualidade de vida, respeito pelo próximo e pelos não tão próximos. Em todos os lugares onde estivemos fomos extremamente bem atendidos. Minha mãezinha com seus belos cabelos brancos era tratada como uma rainha.

 

Helena e seu amor eterno por Gramado.

Enfim, Gramado tornou-se um ideal em minha vida. Já não se trata de um sonho, de algo difícil de conseguir. Hoje é um objetivo a ser delicadamente alcançado e lapidado em minha mente de forma singular atendendo a tudo o que sempre quis ter e conhecer.

 

E para aquelas pessoas que me perguntaram se encontrei o meu amor ali na Fonte do Amor Eterno, a resposta é não…. Não encontrei mas isso não me impede de declarar o meu amor por Gramado e por sua gente, por cada detalhe dessa cidade especial e do significado em minha vida. É ali onde eu posso dizer com todas as letras… E começa o encanto.

Quando eu converso com as pessoas sobre Gramado, acho que fica a sensação de que eu exagero, que no fim não é ‘tudo isso’. Às vezes até me contenho para não parecer inconveniente.

Mas o que a Helena transcreve acima é a prova de que não há exageros e que muitas outras pessoas são tomadas por esse sentimento único e indefinível, que inunda os visitantes da cidade e os fazem se sentir em um conto de fadas.

Você também quer contar sua história de amor sobre Gramado? Então clique aqui e envie seu texto!

Emilio Calil

Empresário, jornalista e escritor. Apaixonado por tecnologia e pela Serra Gaúcha. Apreciador de boa gastronomia, bons vinhos e boa conversa. O resto você descobre aqui: emiliocalil.com

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